CSB convoca os trabalhadores de todo o Brasil a continuar mobilização contra os retrocessos trabalhistas
Após muita pressão do movimento sindical e dos servidores no Plenário da Câmara dos Deputados, foi adiada para a próxima semana a votação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 257/2016, que dispõe sobre a renegociação das dívidas dos estados e munícipios, e impõe aos servidores públicos uma série de perdas e retrocessos, incluindo o congelamento de salários e a retirada de direitos já garantidos e consolidados ao longo dos anos. Com o adiamento da votação nesta terça-feira, 2, a CSB convoca todos dirigentes e trabalhadores a se unirem e permanecerem mobilizados em Brasília e em todo o Brasil contra o Projeto, que representa um retrocesso nos direitos trabalhistas.
As ações de pressão no Congresso Nacional devem persistir. Os dirigentes da CSB irão permanecer em Brasília intensificando o corpo a corpo com deputados para barrar a aprovação do PLP. “A nossa batalha continua. Queremos que seja instalado um amplo debate entre o governo e a sociedade para encontrarmos saídas para a crise. Existem muitas alternativas para a retomada docrescimento, como a reforma tributária, reforço no combate à sonegação fiscal, auditoria da dívida pública; são apenas algumas das propostas possíveis. O PLP 257 traz propostas com potencial não para resolver os problemas econômicos que o Brasil enfrenta, mas sim para agravar problemas econômicos e sociais”, explicou Flávio Werneck, vice-presidente da CSB e presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Mobil1Distrito Federal (SINDIPOL/DF).
Para Leandro Allan, vice-presidente da CSB e presidente do Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias do Distrito Federal (Sindpen-DF), o governo está tentando aprovar um projeto contra a vontade do povo e que prejudica a sociedade. “Por isso, nós temos que lutar e mobilizar os trabalhadores. Enquanto esse projeto não for arquivado, não vamos deixar de lutar”, afirmou.
Cosme Nogueira, secretário de Formação Sindical da CSB e presidente da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais de Minas Gerais (FESERP-MG), relatou o enfrentamento e as dificuldades que os dirigentes sindicais tiveram na defesa dos trabalhadores. “A nossa mobilização contra o PLP foi árdua. Fomos recebidos com violência pelos seguranças da Câmara, mas mesmo assim não desistimos de lutar. O governo quer cortar gastos? Que comece a cortar os gastos extras do próprio governo, não cortar da carne do servidor público. Nós trabalhadores não vamos pagar o preço da má gestão e da corrupção”, criticou.
O adiamento da votação foi uma vitória parcial, e os trabalhadores precisam continuar com a luta, ressaltou o diretor nacional da CSB, Wagner Oliveira. “As ações e mobilizações dos servidores nesta semana foram importantes e mostram a necessidade de mobilização permanente dos servidores e de toda a sociedade que paga impostos e acredita na importância de aprimorar e melhorar os serviços públicos”, afirmou o dirigente.